Trabalho
Resumo
O presente artigo discute parte da revisão de literatura de nosso Trabalho de Conclusão de Curso em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas. Tem como objetivo trazer uma reflexão acerca da relação entre jogo/brincadeira infantil e a educação e comparar o jogo/brincadeira como recurso didático e jogo/brincadeira como um fim em si mesmo. O trabalho fundamenta-se no teórico francês Gilles Brougère (1998 a, 1998 b, 2008), que enfatiza a importância do brincar para a cultura lúdica da criança e defende a brincadeira infantil como um fim em si mesmo. Apresenta um quadro comparativo diferenciando dois modelos ou duas concepções sobre o brincar: jogo/ brincadeira como recurso didático e jogo/brincadeira como um fim em si mesmo. Conclui com os estudos realizados por Wajskop (1995), Kishimoto (2001), e Vilela (2007), que mostram a predominância do segundo modelo nas instituições de Educação Infantil.
Palavras-chave: Jogo, brincadeira, educação infantil.
Introdução
Normalmente ao falarmos em brincadeira infantil, temos o hábito de atribuir um valor educativo a esse termo, dizendo que todo o jogo é um meio pedagógico para algum tipo de aprendizagem e que a escola deve utilizar-se desse meio para que o aluno adquira as aprendizagens necessárias ao seu desenvolvimento ou ao seu sucesso na escola. Contudo, a proposta deste trabalho enfatiza o valor intrínseco ao brincar, sem, contudo estar somente vinculado à idéia de jogo educativo.
Para o pesquisador Gilles Brougère (1998 a, 1998 b, 2008), que desenvolveu sua pesquisa na escola maternal francesa, a brincadeira é um meio de inserção cultural, apropriação e criação da cultura lúdica infantil. A brincadeira livre ganha importância como um fim em si mesmo.
Neste contexto, o presente artigo discute parte da revisão de literatura do nosso Trabalho de Conclusão de Curso em Pedagogia (2009) pela Universidade Federal de