Trabalho
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A DOR NA CRIANÇA COM CÂNCER: MODELOS DE AVALIAÇÃO*
Patrícia Torritesi**
Dulce Maria Silva Vendrúsculo***
TORRITESI, P.; VENDRÚSCULO, D.M.S. A dor na criança com câncer: modelos de avaliação. Rev.latinoam.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 6, n. 4, p. 49-55, outubro 1998.
O controle e o alívio da dor na assistência à criança com câncer tem sido objeto de preocupação da enfermagem na busca de intervenções que possam minimizar ou evitar problemas de ordem físico-emocional para estas crianças. A literatura da área médica, da psicologia e da enfermagem descrevem a dor através de aspectos fisiológicos, emocionais, comportamentais e ambientais, sendo divulgados vários modelos de escalas de avaliação e de controle da dor. Este estudo descreve alguns modelos de avaliação da dor em crianças e apresenta a adaptação do Modelo de Escala Analógica Visual de Faces de McGrath (1990), como instrumento a ser utilizado na assistência de enfermagem à criança com câncer. Embora a literatura utilizada neste estudo enfatize a avaliação e o controle da dor na criança com câncer, verificamos a viabilidade da aplicação deste modelo pela enfermagem em outras situações de dor.
UNITERMOS: avaliação da dor, criança, câncer
1. INTRODUÇÃO
A literatura nos últimos anos tem enfatizado a temática da dor em oncologia, focalizando os aspectos relacionados ao paciente adulto; entretanto o controle e o alívio da dor da criança com câncer são considerados significativos na assistência pediátrica. A maioria dos textos pediátricos não faz referências a respeito do controle da dor associado ao câncer infantil. Cumpre mencionar que a complexidade da pesquisa sobre a dor na infância esbarra, em geral em dificuldades de avaliação e de problemas éticos.
A Organização Mundial de Saúde vêm reconhecendo tais similaridades no controle da dor em adultos. Em resposta a esta questão, têm coordenado