Trabalho e educação: fundamentos ontológicos e históricos
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O artigo caracteriza os fundamentos histórico-ontológicos da relação entre trabalho e educação e nos esclarece o fenômeno de sua separação, observa-se o processo de questionamento de tal separação e restabelecimento dos vínculos entre trabalho e educação que vem marcando a sociedade moderna. Finalmente comenta sobre a conformação do sistema de ensino perante o trabalho como ensino educativo. Finalizando com o tema da educação politécnica na qual não deve ser confundida com educação. É treinamento funcional. O nosso padrão instrui para a produção e educa para o consumo. Já a educação é dada pela televisão, pelo ambiente de trabalho e pelo cotidiano em geral. O conceito de instrução politécnica se resume a reunir escolas de tecnologia e ciências tecnológicas num mesmo campus. Saviani discute a importância do trabalho para os homens e coloca o ponto de vista de filósofos famosos como Aristóteles que acreditava que a diferença do homem e dos outros animais seria a racionalidade, mas considerava o trabalho como não digno dos homens livres. Outros filósofos como Bergson acreditava que o homem se destaca da natureza para existir e produzir sua própria vida, diferente dos animais que se adaptavam a natureza, no nosso caso nós adaptamos a natureza a nós. Para ele, a principal essência do homem é o trabalho, o qual consiste no ato de agir sobre a natureza transformando-a em função das suas necessidades humanas. Iniciou-se então, o comunismo primitivo nas comunidades primitivas, onde tudo era compartilhado e não havia divisão de classes. Com o desenvolvimento da produção, ocorreu a divisão de classes sociais e assim gerou duas classes fundamentais: a dos proprietários e dos não proprietários. E com a divisão de classes a educação também se dividiu. A Revolução industrial correspondeu a uma revolução educacional. Segundo as reflexões de Gramsci a escola unitária criada na época é semelhante à Educação Básica nos níveis Fundamentais e Médios