Trabalho Direito E Etica
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ATIVIDADE 1 – ANTIGA – 07/03/2013
É melhor sofrer uma injustiça do que praticá-la
Texto retirado de uma obra platônica, mostrando o diálogo entre os personagens Sócrates e Polo, os quais, entre outros interlocutores, refletiam sobre a justiça:
S - [...] Porque o maior dos males consiste em praticar uma injustiça.
P - Esse é o maior? Não é o maior sofrer uma injustiça?
S - Absolutamente não.
P - Preferirias então sofrer uma injustiça a praticá-la?
S - Não preferiria uma coisa nem outra; mas se fosse inevitável sofrer ou praticar uma injustiça, preferiria sofrê-la.
S - [...] Considerando-se dois doentes, seja do corpo ou da alma, qual o mais infeliz: o que se trata e obtém a cura, ou aquele que não se trata e permanece doente?
P - Evidentemente, aquele que não se trata.
S - E não é verdade que pagar pelos próprios crimes seria a libertação de um mal maior?
P - É claro que sim.
S - Isso porque a justiça é uma cura moral que nos disciplina e nos torna mais justos?
P - Sim.
S - O mais feliz, porém, é aquele que não tem maldade na alma, pois ficou provado que esse é o maior dos males.
P - É claro.
S - Em segundo lugar vem aquele que dessa maldade foi libertado.
P - Naturalmente.
S - Conclui-se então que o maior mal consiste em praticar uma injustiça.
P - Sim, ao que parece.
S - No entanto, ficou claro que pagar por seus crimes leva à libertação do mal.
P- É possível que sim.
S - E não pagar por eles é permanecer no Mal.
P - Sim.
S - Cometer uma injustiça é então o segundo dos males, sendo o primeiro, e maior, não pagar pelos crimes cometidos.
P - Sim, ao que parece.
S - Mas, meu amigo, não era disso que discordávamos? Tu consideravas feliz Arquelau [tirano da Macedônia] por praticar os maiores crimes sem sofrer nenhuma punição; a meu ver, é o oposto. Arquelau, ou qualquer outro que não pague pelos crimes que comete, deve ser mais infeliz do que todos. Será sempre