tica e Deontologia da Educa o F sica
Prof. Dr. Antônio Roberto Rocha Santos*
Introdução
A organização de uma nova profissão implica em diversas ações, que vão desde o agrupamento de pessoas com interesses comuns, à discussão de aspectos relacionados à prática de ações no cotidiano, ao interesse e as razões para se agrupar e as ações legais e administrativas para o reconhecimento da profissão. Como nas demais profissões, este foi o caminho seguido pela Educação Física no Brasil, com a organização do Conselho
Federal de Educação Física – CONFEF.
Vencida esta primeira etapa, era preciso organizar um código ético e deontológico para a nova profissão, centrando as ações nas grandes preocupações que o filósofo Sócrates já havia manifestado a cerca de 2500 anos atrás, a respeito da ética. Era preciso descobrir o que era justo, verdadeiro e bom, tanto para os profissionais da Educação Física, como para os beneficiários das ações destes profissionais. Assim, nasce o código de Ética dos Profissionais da Educação Física, produto do trabalho de especialistas da área, da consulta a comunidade profissional através da Internet e do trabalho dos conselheiros do CONFEF. O referido Código foi aprovado em reunião ordinária do CONFEF de 20/02/2002 e publicado em 18/08/2000 no Diário Oficial da União, satisfazendo assim um antigo anseio dos profissionais da área.
Completando a organização da profissão, o Conselho Federal de Educação Física
- CONFEF elabora, em conjunto com profissionais da área, outro documento que dispõe sobre a Intervenção dos Profissionais de Educação Física. Assim, são estabelecidas as especificidades que caracterizam o exercício desta nova profissão.
Passados cerca de dois anos o CONFEF organiza um novo Seminário, em janeiro de 2003 na cidade de Foz do Iguaçu, para refletir, estudar e verificar se o Código de Ética dos Profissionais da Educação Física ainda atende às necessidades da área. Esta ação revela grande preocupação com questões relacionadas com a