Texto literário e não literário
O texto literário obedece a uma estética, suas palavras podem ter vários significados, possui um mundo próprio (ficcional), esse mundo não tem compromisso com o mundo real, é subjetivo e não tem obrigação de comprovar nada. Já o texto não-literário tem a necessidade de uma informação mais objetiva e direta, suas palavras são de sentido denotativo e tem um compromisso de passar alguma mensagem.
Exemplo de texto não literário é o dicionário e a gramática, que são classificadas como metalinguagem é a linguagem falando da linguagem, voltando-se para si mesma. A gramática é metalinguística porque é do código explicando o próprio código. O dicionário também é porque são palavras explicando palavras.
Para Francisco Borba (2003):
“A gramática e o dicionário são instrumentos pedagógicos de primeira linha, têm pontos em comum, mas não se superpõem. Diga-se primeiramente que o dicionário é o lugar do particular, do tópico e a gramática é do genérico, das regras.” (p. 300)
História da gramática
Panini (séc. V a.C)
Gramáticas latinas:
Varrão (séc. I a.C)
Quintiliano (séc. I d.C)
Donato e Prisciano (séc. V d.C)
Gramáticas gregas:
Dionísio o Trácio (entre 170 e 90 a.C)
Apolônio Díscolo (séc. II d.C)
Primeira gramática da língua portuguesa:
Fernão de Oliveira (1536), Grammatica da lingoagem portugueza
História do dicionário
Listas de palavras elaboradas pelos acádios, prática compartilhada pelos povos antigos: chineses, indianos, gregos: Appendix Probi (Roma, no século III); Glossário de Reichenau (século VIII); Glossário de Cássel (século IX);
Dicionários: Thesaurus linguae latinae (Robert Estienne, 1532); Thesaurus graecae linguae (Henri Estienne, 1572); Dictionarium (Calepino, em torno de 1502); Dictionarium latino-gallicum e Dictionnaire français-latin (Robert Estienne, 1539); Thesaurus Polyglottus (Girolano Megiser, 1603) Thesaurus Utriusque Linguae Hispanae et Latinae Omminum