Terapias alternativas
“Dedico este artigo a todos os terapeutas portugueses que souberam e sabem entender os sinais vitais e repor a harmonia sem bisturi”
Se nos tornarmos observadores, cada vez nos deparamos com uma maior a oferta de “Novas Terapias ”. Apesar de muitos investigadores optarem pela denominação de “Medicinas não ortodoxas” ou “ Heterodoxias Terapêuticas”, mais vulgarmente, são denominadas de Terapias Alternativas.
A existência de pluralidade de sistemas médicos, de teorias e de práticas alternativas, pressupõe a oposição a uma ortodoxia médica ocidental durante o seculo XIX. Pois apesar de parecer um fenómeno recente, ligado ao século XX, se recuarmos na história, assistiremos a várias racionalidades em torno da saúde e da doença.
Foi no palco do século XIX, se apresentou pela primeira vez a discussão em torno das pluralidades terapêuticas em Portugal. Em 1835, apesar de terem sido considerados oficialmente três, os principais ramos da arte de curar em Portugal (Medicina, a Cirurgia e Farmácia), outros sistemas terapêuticos eram abordados nas páginas dos jornais, gazetas e revistas da época.
Eram vários os sistemas terapêuticos em voga, ao ponto de faltar consenso relativamente ao número de sistemas médicos que estavam em voga e se praticavam no Reino de Portugal.
Como evidente comprovação desta pluralidade terapêutica, em 1858, o Marechal Duque de Saldanha (1790-1876) enviou ao Rei D. Pedro V um opúsculo intitulado Estado da Medicina em 1858. Este opúsculo tinha como objetivo que o Rei aceitasse como medicinas, outros sistemas que eram praticados no reino de Portugal.
Neste livro, surgem em debate pela primeira vez sete dos treze métodos ou sistemas terapêuticos que dividia a Medicina em Portugal.
Foram treze os sistemas terapêuticos inventariados em Portugal até meados do século XIX: a Allopatia, ou a medicina das escolas, reconhecida oficialmente; o sistema Chrono-Thermal; a Homeopathia; o