Teoria Mecanicista e Teorias de Influência Seletiva Direta

O Modelo Mecanicista e as teorias de Influência Seletiva Direta O estudo da Comunicação como Ciência é recente. Em termos históricos, isso significa pouco menos de 100 anos. Depois da 1ª Guerra Mundial aparecem as estratégias usadas para atrair a população civil, avessa ao conflito, para que participasse dos esforços de guerra em prol de seu próprio país. O mecanismo usado foi o da persuasão e as técnicas, as mais variadas: de panfletos a filmes de propaganda ou simplesmente mensagens transmitidas por megafones. O certo é que, de um jeito ou de outro, a população acabou participando e, de certa maneira, prolongando o conflito, que só terminou mesmo em 1919. Depois disso, a especulação sobre a eficácia da persuasão acabou redundando no desenvolvimento do chamado “modelo mecanicista” para explicar as razões do convencimento. Também chamado de “modelo da agulha hipodérmica” ou “teoria da bala mágica” ou “modelo mecanicista S-R (Estímulo-Resposta)”, este é um modelo que pressupõe que, diante de um determinado estímulo, há a real possibilidade de resposta em massa. A explicação encontrada para a resposta maciça é que as pessoas, sendo todas biologicamente iguais, dão respostas iguais aos mesmos estímulos. Realmente, durante a Guerra, a população civil atendeu em massa aos apelos da propaganda, mas provavelmente porque já não se havia o quê fazer. O fato de sermos biologicamente iguais só explica “respostas” também biológicas. Por exemplo, se qualquer pessoa normal ingerir grande quantidade de cloreto de sódio (sal de cozinha), sua pressão arterial fatalmente irá se elevar. Essa elevação é uma resposta biológica que, com raras exceções, é igual para todos, já que todos nós temos a mesma relação fisiológica entre a pressão sanguínea e a ingestão de sal. No caso de uma “propaganda”, isto jamais aconteceria, uma vez que a nossa biologia nada tem a ver com os mecanismos psicológicos envolvidos na persuasão. É possível a resposta em massa diante de um estímulo