Teoria da Descontinuidade Serial
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Durante a década de 70 dois conceitos teóricos de ecossistemas lóticos emergiram. O conceito de rio contínuo descreve a gradiente de condições físicas e respostas bióticas resultantes das cabeceiras para o sistema da foz do rio. 0s efeitos do represamento em ambientes lóticos alcançam imediatamente rio abaixo das barragens foram recentemente resumidas por Ward & Stanford (1979a). O conceito de descontinuidade serial é uma tentativa de manter uma ampla perspectiva teórica dos sistemas lóticos regulados sobre o perfil inteiro da maré longitudinal. O conceito trata de parâmetros físicos e fenômenos biológicos na população, comunidade e níveis de ecossistemas. De acordo com esse conceito, correntes reguladas são vistas como sistemas experimentais em larga escala nos quais interrupções no processo continuo e nutrientes em espiral criam condições passiveis para testar e desenvolver teorias básicas de correntes. A teoria de descontinuidade serial assume as suposições do conceito do contínuo fluvial, ou seja, define a bacia hidrográfica como livre de poluição e outros distúrbios, exceto REPRESAMENTO, e que define os trechos remanescentes do rio com não sofrendo distúrbios durante a construção de um reservatório. Esta teoria postula que o represamento rompe a gradiente do rio em relação às condições ambientais, produzindo mudanças longitudinais. Desta forma, represamentos de ambientes lóticos provocam mudanças tanto à montante, quanto à jusante, nos processos bióticos e bióticos, sendo que a direção e extensão do deslocamento dependem da variável de interesse em relação à posição do represamento ao longo do Contínuo Fluvial. Posteriormente o conceito teve ampliado a sua abrangência por WARD & STANFORD (1995), ao considerarem as interações entre o rio e a sua planície de inundação. Segundo Ward&Stanford o conceito de descontinuidade serial contém as seguintes pressuposições:
1. As hipóteses do rio contínuo e do espiralamento de nutrientes são conceitualmente sólidos e