teoria da crise

6388 palavras 26 páginas
TEORIA DA CRISE
A razão maior da crise econômica para Marx devia-se a própria irracionalidade do processo produtivo. O capitalismo baseava-se em duas premissas que conduziam-no a uma crise permanente. A primeira delas é que a concorrência provocava a anarquia da produção. Muitos capitalistas competindo entre si, quase sem regras, terminava, por jogar no mercado manufaturados em excesso, provocando uma superprodução. Ao não conseguirem vende-los, porque os salários dos trabalhadores eram baixos, dava-se o subconsumo. Os seus lucros então estavam em decrescência fazendo com que os investimentos fossem suspensos, gerando desemprego e quebras em série. A outra premissa devia-se ao fato de que o sistema produtivo no capitalismo não estava voltado para as necessidades sociais (para atender o consumo básico da população) mas para satisfazer o lucro dos proprietários, provocando situações inacreditáveis (como por exemplo, num país faminto os produtores de grãos queimarem a produção por não considerarem os preços ofertados atraentes).

A evolução do capitalismo, além disso, gerava um outro problema. Devido a concorrência, onde os mais fracos eram eliminados do processo produtivo pelos mais fortes, dava-se uma assustadora acumulação de capital em poucas mãos. Quanto mais o capitalismo avançava menos gente era proprietária, mais estreitava número dos poderosos, menos sobrava aos demais.

Para Marx a convergência de riqueza e de poder sob controlo da classe burguesa provocava, num outro polo social, o aumento da miséria da população e a proletarização dos indivíduos (proletário para Marx era o trabalhador, aquele que não tinha nada a não ser a sua força de trabalho, a qual alugava ao capitalista em troca de um salário).

Para o futuro, a lógica de Marx induzia a previsão de um colapso geral do sistema. A aceleração da riqueza simultânea e da miséria levariam a uma aguda luta de classes, resultando que, o capitalismo devastado seria superado por um outro sistema

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