Teoria Crítica
A primeira geração de cientistas sociais que integrou a Escola de Frankfurt foi composta por um grupo de intelectuais alemães de esquerda, entre os quais figuram: Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Herbert Marcuse.
Em seu aspecto geral, pode-se afirmar que a Teoria Crítica está baseada numa interpretação ou abordagem materialista - de caráter marxista e multidisciplinar (porque agrega contribuições de várias ciências: sociologia, filosofia, psicologia social e psicanálise) - da sociedade industrial e dos fenômenos sociais contemporâneos. A chamada Revista de Pesquisa Social foi a principal publicação da Escola de Frankfurt.
Contexto histórico
Os programas de pesquisas teóricas e empíricas associados à Teoria Crítica passaram por significativas mudanças no decorrer das décadas, em razão da alternância de intelectuais no cargo de diretor do Instituto de Pesquisas Sociais - e também devido ao contexto histórico mais amplo, tanto da Alemanha como da realidade mundial.
A Escola de Frankfurt, contudo - e, por conseguinte, a Teoria Crítica -, conseguiram se institucionalizar apenas no final da década de 1940, justamente após o fim da Segunda Guerra Mundial.
O processo tardio de institucionalização da Teoria Crítica se deve ao advento do regime nazista na Alemanha, com a ascensão de Adolf Hitler ao poder. A maioria dos membros da Escola de Frankfurt era formada por judeus, e as perseguições políticas na Alemanha dividiram o grupo e forçaram a transferência do Instituto de Pesquisas Sociais para Genebra (Suíça), Paris (França) e, depois, Estados Unidos.
A dispersão da primeira geração de cientistas sociais da Escola de Frankfurt dificultou a unidade e a regularidade da produção teórica e da realização de pesquisas consistentes. Por conta