SUJEITO DISCURSIVO E A CONSTRUÇÃO IDENTITÁRIA DO SUJEITO - UMA LEITURA DO ARTIGO DE CLEUDEMAR ALVES FERNANDES E JOSÉ ANTÔNIO ALVES JÚNIOR

2989 palavras 12 páginas
INTRODUÇÃO
Vivemos em mundo globalizado, no qual as informações são transmitidas em um espaço de tempo cada vez mais curto, e, muitas vezes, a transmissão de uma informação acontece concomitantemente ao fato. Diante de tanta informação veiculada, de tantos discursos que circulam nos mais diversos meios de comunicação e esferas sociais, muitas vezes somo impelidos por uma gama discursiva da qual, muitas vezes, não nos damos conta. Toda essa multiplicidade de discursos que giram socialmente, se utilizando de discursos já existentes para criar novos e/ou corroborar antigo. Há os discursos e as informações que se destinam a determinadas classes sociais e culturais, percebe-se uma distinção entre diversos assuntos, classes sociais, culturais, faixas etárias. São estes critérios, nas demais das vezes, determinantes sobre a forma como determinada informação será veiculada.
Neste trabalho, objetivamos abordar a forma como as informações veiculadas sobre os mendigos – em jornais, reportagens, campanhas publicitárias, etc.; criam uma identidade de mão dupla, por assim dizer, ou seja, temos a identidade que o mendigo tem de si enquanto sujeito social, e temos a identidade que é construída do mendigo, por meio de campanhas publicitárias e propagandas. Com base na proposta da análise do discurso e da análise crítica do discurso, e a partir do texto de Cleudemar Alves Fernandes e José Antonio Alves Júnior, intitulado “Sujeito discursivo e construção identitária do mendigo”, levantaremos algumas questões acerca da temática da identidade do mendigo.
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE
De acordo com Fernandes e Alves (2008) os discursos produzidos em uma sociedade tornam possível a verificação das características atribuídas a grupos sociais, culturais e/ou as pessoas, formando um conceito acerca dos sujeitos assim distribuídos, e imputando-lhes uma identidade que lhes é construída pela própria comunidade à qual pertencem, ou ainda, o sujeito empírico se apropria de uma identidade que

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