Spinola - portugal e o futuro

858 palavras 4 páginas
A obra literária de Spínola “Portugal e o Futuro” Se por um lado é inegável o sucesso de vendas que o livro alcançou, tendo mesmo alcançado número de vendas nunca antes alcançado entre nós até a época, é por outro discutível o seu papel na preparação do terreno para o MFA, embora alguns autores o descrevam como um “preparar do terreno para a revolução que iria acontecer em Abril. Esta é também a opinião de Marcelo Caetano, que se referiu ao livro como “ ao fechar o livro percebi que o golpe militar, cuja progressão pressentia havia meses era agora inevitável” deste modo Caetano descreve o livro não como uma “tese” tal como é apregoado pelo autor mas mais como um “manifesto”. Se bem que as ideias de Spínola eram por demais conhecidas, quer pelo MFA quer por Caetano, por entrevistas como por livros ou até mesmo cartas.
Como seria de esperar o sucesso da obra foi estrondoso, porem o que falta discutir é as razoes que levaram Spínola a publicar o livro.
Portugal encontrava-se economicamente preso a uma inflação galopante, em plena crise do petróleo iniciada em Outubro de 1973 como é sabido, uma moeda cada vez mais enfraquecida e ainda amarrado a uma despesa militar ultramarina, cujo desfecho facilmente se adivinhava, com os custos inerenetes à continuar da guerra e o seu elevado custo em vidas e monetários.
Apesar da novidade trazida a lume, Spínola, nenhuma das ideias era nova, a tese de que Portugal não poderia ganhar as guerras ultramarinas, devido à escassez de recursos, por outro lado Spínola conhecedor da geopolítica mundial, clamava que seria Portugal que estaria em perigo. Interessante é contudo uma das soluções apresentada pelo autor, onde defende como solução para a guerra ultramarina: a criação de uma comunidade de Países Lusófonos, incluído o Brasil, e na qual todos teriam um papel igualitário. Ou seja aqui fica verdadeiramente implícito, nada mais nada menos que o plano de De Gaulle para uma federação francófona de 1958.
Contudo em 1973 a Portugal

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