Sociologia e saúde

Sociologia e Saúde: interfaces necessárias
A sociologia como ciência estuda a(s) sociedade(s) e a(s) civilização(ões), seus indivíduos e seus padrões de organização e funcionamento.
Como uma ciência eminentemente social e humana, temos uma pergunta: como a sociologia foi parar na saúde? Em quê uma matéria e ciência pode auxiliar e complementar a outra?
Entretanto, se à primeira vista podemos pensar erroneamente que as áreas das ciências humanas e das ciências da saúde não se misturam, um olhar mais aprofundado sobre a própria definição de sociologia pode rapidamente nos ajudar a identificar que a questão da saúde também ali se problematiza. O sujeito, a pessoa doente, o indivíduo está presente nas duas ciências e se esquecemos algum de seus aspectos, perdemos a noção do ser humano como um todo.
Após o movimento holístico em saúde, mas também mesmo antes, com as grandes revoluções nas ciências e na forma de pensar a matéria científica e sua pesquisa, não há como negar que o meio social tem seu peso nas doenças individuais de variadas maneiras.
Também com a organização social moderna, os pensamentos sobre ordem social, o desenvolvimento do trabalho em equipe, as modernas pesquisas em ciências sociais e as grandes revoluções no modo de vida da civilização geraram a necessidade da redefinição do senso social e chegou-se a discutir conceitos mais abrangentes que, a um só tempo são de saúde e sociais como patologia social.
Com a modernização da civilização e do modo de vida, nos afastamos da natureza e nos vemos até como externos a ela. Esse fenômeno se fez sentir com mais força na Era Moderna, quando a sociedade se desenvolveu com mais rapidez e às custas dos recursos naturais; usados como nunca antes. Consequentemente, um desequilíbrio natural foi criado e isso começou a ser sentido nas alterações ambientais e no aparecimento de doenças novas ou velhas em surtos coletivos.
Moreira e Molinaro (2008) explicam isso: “quando o equilíbrio natural é quebrado, o