Sociologia: Utopia
Trabalho realizado pelo aluno Tomás Varela do 10.º N, com a orientação do prof. José João Sousa, no âmbito da disciplina de História A – Módulo 3 – Unidade 3.
Utopia, que em grego significa “não lugar, lugar que não existe”, é o nome de uma obra literária escrita por Thomas More (ou Thomas Morus), sendo esta caracterizada na actualidade como uma viva amostra do Humanismo do Renascimento. Esta descreve-nos a forma e a essência de uma concepção teórica de um Estado perfeito, onde a liberdade religiosa seria o comum do quotidiano colectivo.
Assim, para More, a sociedade de Utopia é a crítica e sobretudo uma resposta ideal à sociedade inglesa do seu tempo – a cidade de Deus que ele contrapõe à cidade terrestre.
Acreditam alguns críticos que foi ao pensar naquele modelo de vida que More publicou, em 1516, a obra de ficção que constitui uma verdadeira crítica social, política e religiosa à sua época, a Inglaterra dominada pelo rei Henrique VIII. Nela apresenta-nos uma ilha imaginária onde todos vivem em harmonia e trabalham em favor do bem comum. Desde então o termo “utopia” está associado à fantasia, sonho, fortuna e bem-estar, que são aspectos formadores do ambiente utópico onde se desenvolveu a sociedade utopiana, num país chamado Utopia ou Ilha da Utopia que era dominada pelo rei Utopus: “Os habitantes da Utopia aplicam aqui o princípio da posse comum. Para abolir a ideia da propriedade individual e absoluta, trocam de casa a cada dez anos e tiram à sorte da que lhes deve caber na partilha.” (MORUS, 1997, p. 81).
A Utopia organiza-se a partir de um relato fictício feito ao escritor pelo culto viajante português Rafael Hitlodeu que teria participado na expedição de Américo Vespúcio. Em viagens, Rafael Hitlodeu conhecera a fantástica Utopia, cuja descrição nos remete para uma ilha paradisíaca, um lugar perfeito. Assim, a fictícia Ilha da Utopia é, no livro de Thomas More, fruto de uma imagem criada, a partir de histórias contadas sobre a