SOCIODIVERCIDADE

SOCIODIVERSIDADE: MULTICULTURALISMO, TOLERÂNCIA, INCLUSÃO.
Prof. Alzira Elaine Leal
Na origem, o conceito de socio-diversidade foi elaborado pela antropologia e tem relação com as etnias indígenas, que formam uma sociedade à parte na “chamada sociedade dominante”: a do “homem branco”. Um exemplo mais recente é o dos índios ianomâmis, que formam uma sociedade ou “nação” específica dentro do território brasileiro.
No sentido sociológico, pode-se compreender a abrangência do conceito de sociodiversidade além das questões étnicas e raciais, isto é, além dos limites que compõem os costumes ou culturas de índios, brancos e negros, base da formação étnica do Brasil.
Temos uma sociedade multicultural, com a presença, também, de várias comunidades de imigrantes dentro do território brasileiro. A convivência pacífica entre todos os tipos de imigrantes reforça esta ideia entre os especialistas: o Brasil é uma sociedade multicultural, tolerante quanto aos valores das comunidades e que promove ou pelo menos tenta promover a inclusão das mesmas.
As sociedades diversificadas, mesmo estando organizadas para a realização do bem comum, não estão isentas de conflitos. Os casos de intolerância ou rejeição do outro não são tão raros assim: aqui e ali podem pipocar casos de xenofobia, discriminação ou preconceito. Acontece em qualquer país do mundo, inclusive nos países ricos, do primeiro mundo. O que importa, como no caso brasileiro, é que esta não seja uma política de estado.
Os direitos dos brasileiros, nativos ou imigrantes, estão garantidos pela constituição federal. Esta prevê a livre manifestação cultural, a aceitação dos valores das comunidades e o direito de participação social na economia, o que reduz significativamente os conflitos. A legislação brasileira, no que diz respeito à sociodiversidade, é das melhores em nível mundial, permitindo inclusive manifestações e protestos de minorias. Infelizmente, a verdadeira inclusão não depende só da legislação.
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