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RESUMO
O presente artigo examina as características da evolução da participação da mulher no mercado de trabalho, particularmente no que se refere às ocupações e aos diferenciais de rendimentos em relação aos homens. Constata-se que há dois pólos de ocupação, e que a crescente inserção das mulheres no mercado de trabalho se deve principalmente a evolução dos valores sociais que teve como conseqüência o aumento de escolarização. Há desigualdade de renda entre homens e mulheres, mesmo estes possuindo as mesmas características. Apesar da crescente evolução da mulher no mercado de trabalho ainda é persistente a discriminação de gênero.
1 INTRODUÇÃO
Existem diversos motivos pelos quais a inserção da mulher no mercado de trabalho deve ser estudada e analisada. Em primeiro lugar, ela produz forte impacto nas relações sociais, pois implica uma mudança de “paradigma” familiar e cultural. Outro motivo, não menos importante é relacionado com a discriminação de gênero, tanto em relação a diferenciais de salários quanto a postos de trabalho.
Este artigo trata da evolução da participação da mulher no mercado de trabalho, procurando verificar as principais ocupações em que estão se inserindo e como estão sendo remuneradas. As regras do início do séc. XX diziam que a mulher deveria trabalhar fora do lar, e que o marido era o provedor da casa. As mulheres menos favorecidas financeiramente ou as que haviam perdido o marido partiam para atividades pouco valorizadas e discriminadas pela sociedade. A partir dos anos 70 após a ocorrência de movimentos sociais mundiais a cultura da sociedade foi se modificando. As mulheres começaram a conquistar espaço no mercado de trabalho, aumentando o seu nível de escolaridade.
Hoje em dia é difícil encontrar postos de trabalho que não tenham sido invadidos pelas mulheres. Elas são sensíveis, persistentes, criativas e, ainda por cima, enfrentam dupla jornada de trabalho,