seleçao
— Pode entrar — eu disse, sem querer sair da cama.
A porta se abriu, e os cabelos escuros de Celeste apareceram.
— Está a fim de companhia? — perguntou. A cabeça de Kriss surgiu atrás dela e pude ver parte do braço de Elise, escondida no fundo.
— Claro — disse, me sentando.
Elas entraram, deixando a porta aberta. Celeste, ainda me causando certo choque toda vez que sorria sinceramente, subiu em minha cama sem nem pedir, mas não me incomodei. Kriss veio depois e sentou perto dos meus pés. Elise ficou na ponta, sempre uma dama.
Kriss perguntou baixinho o que todas queriam saber.
— Ele machucou você?
— Não — respondi, mas logo me lembrei de que não tinha sido bem assim. — Ele não me bateu nem nada. Só me puxou com força.
— O que ele disse? — Elise perguntou, mexendo em seu vestido.
— Não está feliz com a minha atuação. Se dependesse do rei, eu já estaria fora há um bom tempo.
Celeste segurou meu braço.
— Mas não depende. Maxon gosta de você, e o povo também.
— Não sei se isso basta. — Para qualquer uma de nós, completei mentalmente.
— Desculpe gritar com você — Elise disse baixinho. — É frustrante. Faço tanto esforço para ser calma e confiante, mas sinto que nada disso adianta. Vocês aparecem bem mais do que eu.
— Isso não é verdade — argumentou Kriss. — A esta altura, todas significamos alguma coisa para Maxon. Do contrário, não estaríamos aqui.
— Ele só está com medo de reduzir para as três finalistas — Elise rebateu. — Precisa fazer a escolha dentro de quanto tempo? Quatro dias? Ele só me mantém para adiar essa decisão.
— Quem disse que ele não pensa em se livrar de mim? — sugeriu Celeste.
— Ouçam — eu falei. — Depois de hoje, provavelmente serei a próxima a voltar para casa. Aconteceria cedo ou tarde. Não sirvo para isso.
Kriss achou graça.
— Nenhuma de nós é uma Amberly, não é?
— Eu gosto demais de chocar as pessoas — Celeste confessou com um