Saúde Mental da Criança

1 INTRODUÇÃO

A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo como a "saúde mental" é definida (BRASIL, 2013).
Segundo Stefanelli, Fukuda, Arantes (2008) no início de 1946, o papel do enfermeiro em saúde mental e psiquiátrica em crianças apresentou uma evolução lenta. Com a aprovação da Lei Nacional de Saúde Mental nos EUA recebemos mais atenção para esse cuidado, tornando a preocupação central do enfermeiro. O objetivo do cuidado não era mais trabalhar para o cliente e sim junto dele.
A enfermagem em saúde mental e psiquiátrica é uma especialidade centrada no cuidado à saúde mental da pessoa e de sua família, em todos os níveis de assistência – promoção, manutenção e recuperação, bem como na prevenção secundária e no preparo para a reintegração ou reabilitação social da pessoa, com respeito aos seus direitos e deveres de cidadão (STEFANELLI; FUKUDA; ARANTES, 2008).
Existem vários fatores pelo qual ocorre os problemas de saúde mental infantil. Esses fatores variam de criança para criança e problema para problema. Consideramos três principais fatores: social, psicológico e biológico. Na prática, os fatores não se apresentam de forma isolada e sim dinâmica. Faz-se necessário conhecer esses fatores, para desenvolver estratégias, ações de prevenção e tratamento dos problemas de saúde mental (MATSUKURA et al., 2012).
A Atenção Básica (AB) tem como um de seus principais princípios possibilitar o primeiro acesso das pessoas ao sistema de saúde, inclusive daquelas crianças que demandam um cuidado em saúde mental. Neste contexto as ações são desenvolvidas em um território geograficamente conhecido, possibilitando para os profissionais de saúde uma proximidade para conhecer a história de vida das crianças, comunidade, bem como outros elementos. Podemos dizer que o cuidado em saúde mental na AB é bastante estratégico pela facilidade