Revista au
Gilson Rodrigues presidente da associação de moradores de Paraisópolis, São PauloO que falta é o desenvolvimento de projetos em conjunto com a comunidade, ou seja, a união entre arquitetos projetistas, engenheiros, urbanistas, governo e comunidade. Só o trabalho conjunto resultará no atendimento completo às demandas da população que reside na região beneficiada, reduzindo conflitos e mantendo a maior parte da população na região - ou em regiões próximas que também se beneficiam das melhorias. Na maioria dos casos, projetos são tirados de uma gaveta e executados sem que tenham sido compartilhados ou aceitos pela comunidade. O fato de um projeto ter funcionado bem em uma comunidade também não implica que dará certo noutra, porque cada comunidade tem suas especificidades, e o desenvolvimento de um projeto deve respeitá-las para que tenha sucesso.
Regina Chiaradiapresidente da Associação de Moradores e Amigos de Botafogo - Amab, no Rio de JaneiroO principal erro da maioria dos projetos de intervenção/urbanização de favelas apresentados pelo poder público é não ouvir a população local, subestimando o conhecimento popular de sua própria realidade. Em segundo lugar, é um erro acreditar que as melhorias urbanísticas, sozinhas, resolverão problemas. É preciso que acompanhem