Resumo

O livro por amor ás cidades começa com Jacques Le Goff trabalhando em cima de questionamentos, onde ele nos mostra as diferentes concepções da cidade medieval. Le Goff apresenta a cidade na Idade Média que se diferencia das cidades da antiguidade e apresenta mais semelhanças ao modelo de algumas cidades contemporâneas. Ele fala dos aspectos da cidade medieval, sendo o principal a questão arquitetônica, nas cidades antigas e medievais, que, por exemplo, somem os estádios e arenas da antiguidade, que agora para a Igreja não tem sentido de existir. Antes a praça pública servia como uma espécie de fórum para o povo conversar sobre o caminho que a cidade iria tomar. Os hábitos mudam, na cidade medieval não se discute o comércio em conjunto, os negócios da cidade são os negócios privados. O local de encontros e onde os habitantes poderiam ter informações é a Igreja. A cidade é local novo, local que sofre a partir do cristianismo uma urbanização, os mortos tem um local a partir de agora, a criação do cemitério dentro das cidades.

Figura: Cidade medieval

No capítulo “A cidade inovadora, palco de igualdade e festa da troca”, trata sociedade concentrada nos centros, um local de produção e trocas, onde se misturava o comércio e o artesanato, florescendo uma economia. Abria-se aí, um novo sistema de valores e um gosto pelo comércio e pelo dinheiro. No final do século XIII, menos de 20% da população do Ocidente vivia nas cidades, configurando lados opostos, duas classes; uma população agrícola, artesã e comercial de um lado e a população aristocrática geralmente formada pelos altos prelados clericais. Le Goff fala dos espaços que formam a cidade, um político, um econômico e um universitário e suas funções essenciais são a troca de informação, a vida cultural e o poder, ela é um agrupamento de profissionais e especialistas. Daí, ele resalta o papel dos negócios e a economia nascente, nesse momento os banqueiros a aparecem como principal fonte de empréstimos e de