Resumo:A EMPRESA SOCIALMENTE RESPONSAVEL: O DEBATE E AS IMPLICAÇÕES
A atividade de negócios possui uma dimenção ética, complementar às suas dimenções econômicas e legal. O consenso desfaz-se quando se aprofunda o enfoque sobre a natureza dessa dimensão etica. Alguns compartilham a visão dos stockholders: os gestores têm a tributação formal de incrementar o retorno dos acionistas ou cotistas da empresa. Outra corrente de pensamento argumenta com base na visão dos stakholders: os gestores têm a atribuição ética de respeitar os direitos e promover o bem entre todos os agentes afetados pela firma, incluído nesse conjunto de agentes os clientes, fornecedores, funcionários, acionistas ou cotistas, a comunidade local, bem como os gestores, que devem ser agentes a serviço desse grupo ampliado. Ambas as visões convergem no sentido de que as empresas têm uma função social a cumprir na sociedade e, dessa forma, possuem atribuições éticas, mas discordância fundamental é sobre a natureza das atribuições éticas, mas a discordância fundamental é sobre a natureza das atribuições éticas e quem se beneficiará com elas. De acordo com o Business for Social Responsability, não existe uma definição unanimemente aceita para a expressão responsabilidade social corporativa, mas de forma ampla, ele refere-se a decisões de negócios tomadas com base em valores éticos que incorporam as dimensões legais. O instituto Ethos corrobora essa definição:
“A responsabilidade social das empresas tem como principal característica a coerência ética nas praticas e relações com seus diversos públicos, contribuindo para o desenvolvimento contínuo das pessoas, das comunidades e dos relacionamentos entre si e com o meio ambiente. Friedam é um dos principais defensores da visão dos stockholders, em contraposição à dos stakeholders. O argumento é que se os administradores incrementam lucros e utilizam-se deles para aumento do valor da empresa, eles estão respeitando os direitos de propriedade dos