No texto "costumes em comum", de Thompson, ele inicia falando sobre o tempo e como ele era visto. De início, o tempo era visto como devorador e tirano. No entanto, passa a haver um novo senso de imediatismo e insistência. A partir de então, ele começa a relacionar a nova concepção de tempo com o relógio e o que mudou. Por exemplo, há um momento em que ele questiona "até que ponto essa mudança no senso de tempo afetou a disciplina de trabalho e até que ponto influenciou a percepção interna de tempo dos trabalhadores ". Thompson usa a descrição de Synge para falar sobre as diferentes maneiras de contar o tempo entre os povos primitivos. Um exemplo é que em certos lugares eles usam os animais para marcar a hora, como o galo cantar marca a hora de acordar, ou o tempo que um arroz demora para ser cozido (cerca de meia hora).Ou seja, a noção de tempo que surge nesses contextos tem sido descrita como orientação pelas tarefas. A partir dessa descrição, o autor cita três questões sobre a orientação de pelas tarefas. A primeira é de que é humanamente mais compreensível do que o trabalho com o relógio marcando o tempo. Segundo é que nessas comunidades há uma separação menor entre o "trabalho" e a "vida", pois as relações sociais e o trabalho são misturados. Terceiro, a atitude dos homens acostumados com o trabalho marcado pelo relógio com relação ao mesmo parece desperdiçador e carente de urgência. Ele destaca que do século XIV em diante, foram construídos relógios de igreja e relógios públicos nas cidades. Isso foi feito para falicitar a noção de tempo para as pessoas, para que elas não precisassem mais depender de acontecimentos naturais para saber a hora. A fabricação de relógios portáteis e não portátreis ingleses superou, por quase um século, a dos concorrentes europeus. Por causa dessa concorrência, os joalheiros locais queriam que fossem cobrados impostos. Porém, as pessoas consideravam loucura cobrar impostos por possuir mais de um