RESPONSABILIDADE SOCIAL NO COMÉRCIO
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CIRILO JUNIOR
DO RIO
GABRIEL BALDOCCHI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O país enfrenta um grande obstáculo na corrida para evitar um apagão de mão de obra: a falta de formação básica, que atrapalha a qualificação dos trabalhadores. Três setores com o problema tiveram de agir para enfrentá-lo.
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O Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional do Petróleo), criado para ajudar na formação de mão de obra para o setor, começou a recorrer a cursos de reforço escolar para os candidatos. Em anos anteriores houve dificuldade no preenchimento das vagas devido a falhas na educação básica dos candidatos.
O assessor de petróleo e gás da diretoria de relações com o mercado da Firjan (federação das indústrias do Rio), Ziney Dias Marques, relata que muitos dos alunos inscritos nos cursos de formação da área não conseguem acompanhar as aulas.
"O maior problema é a formação básica. Boa parte dos alunos deixa a desejar em português e matemática."
O setor de telemarketing e de relacionamento ao cliente pediu ajuda ao governo para enfrentar o problema. Os empresários sugerem desoneração da folha para que possam intensificar cursos de educação básica.
Em uma sondagem da CNI (Confederação Nacional da Indústria) com construtoras, a baixa escolaridade foi apontada como a segunda barreira para a capacitação, atrás da rotatividade de emprego.
As construtoras Andrade Gutierrez e Even contrataram uma consultoria pedagógica para oferecer formação básica aos funcionários. "A gente não conseguia fazer com que eles completassem a qualificação", diz Camila Del Guercio, gerente da Andrade Gutierrez, que ofereceu os cursos na obra do Rodoanel.
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
ENSINO FUNDAMENTAL
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