Resenhas
Estruturas e Fundações
Considerando as características construtivas da época, esta edificação está estruturada em paredes de alvenaria de tijolo, distribuindo as cargas dos pavimentos superiores aos arcos de alvenaria situados no porão e destes para as fundações. Os travamentos destas alvenarias são obtidos entre as mesmas verticalmente no sentido perpendicular e no nível dos pisos e do forro horizontalmente através dos barrotes que servem de fixação do tabuado de madeira.
Um ponto a ser destacado diz respeito à estabilidade das fachadas da edificação, que se encontra bastante comprometida: foram observadas trincas diagonais em dois dos travamentos entre as paredes, sendo um na fachada frontal (Av. Nazaré) com fachada lateral direita (Rua D. Morais), e outro na fachada lateral direita (Rua D. Morais) com a parede perpendicular interna, que são normalmente, características de processo patológico devido acomodação diferencial das fundações.
Outro fator agravante que vem ocorrendo nos mesmos trechos de fachada, assim como, em outros pontos da edificação, é a ocupação de espaços das paredes por raízes de árvores e arbustos. Esta vegetação é extremamente agressiva às paredes, já que além de acelerar o surgimento de fissuras, fragiliza consideravelmente a alvenaria. Os azulejos decorados também são atingidos, muitos estão ausentes, ou apresentando patologias, não apenas pela vegetação, mas também pela umidade excessiva decorrente das intempéries.
Se considerarmos que, pelas características construtivas da época, esta edificação estrutura-se em suas paredes, e ratificando as várias patologias que elas apresentam, tais como: umidade excessiva no interior das paredes em tabique, consolidações através de argamassa composta por cimento e presença de fissuras, a deterioração deste elemento estrutural eleva a instabilidade do prédio, podendo, inclusie, ser iniciado um processo de ruína.
Pavimentação/Pisos