Resenha: The Eastward Journey of Muslim Kingship”

Resenha: The Eastward Journey of Muslim Kingship”

Pakistan literalmente significa “Terra dos Puros” em Urdu e Persa. Os muçulmanos e os hindus coexistiram no subcontinente indiano sob diversos e distintos modelos de interação, mas sempre com a predominância do poder político nas mãos dos muçulmanos. Os jogos de poder e formas de interação entre muçulmanos e hindus no subcontinente foi muito variado e é necessário historicizá-lo neste sentido. O grupo encarregado com a apresentação do seminário privilegiou, em seu recorte analítico para este seminário, os desenvolvimentos históricos mais recentes, a partir da Liga Muçulmana e suas demandas políticas para o período pós-independência e assim o fez com grande competência. O recorte analítico foi lógico e coerente, mas devido a esta escolha deixou-se de mencionar alguns aspectos muito importantes do desenvolvimento do Islã no subcontinente. No capítulo 9 de “The Eastward Journey of Muslim Kingship”, dedicado ao Islã no sul e sudeste asiáticos, Bruce B. Lawrence dá um bom panorama do desenvolvimento de uma civilização com características bastante peculiares no subcontinente indiano, cujo poder político esteve centrado ao redor de imperadores muçulmanos, embora as populações fossem multiconfessionais. O autor menciona a influência persa como crucial. “Persian is the crucial element, and the thesis thus presented about Islam in South Asia accents Persian Influence...Despite the fact that Islam is often identified with Arabic language and Arab norms, these merely provided the patina for muslim expansion into the subcontinent.” O autor então falará sobre a originalidade que a fusão da religião islâmica com a cultura das cortes de origem persa do Império Mughal levará a este Império no subcontinente Indiano. Em que medida podemos analisar o presente o Paquistão ao este passado de domínios islâmicos na Índia? Pode-se dizer que, historicamente, as comunidades muçulmanos e hindus se alienaram de tal forma que a