Resenha: região, regionalização e desenvolvimento
A região por alguns considerada morta foi inúmeras vezes ressurgiu sob as perspectivas de varias correntes (marxismo, neopositivismo, pós-estruturalismo, neo-kantismo) entretanto é inegável o papel de destaque que esta categoria sempre teve na ciência geográfica. Um marco para os estudos regionais é o fim da segunda guerra mundial. Após este evento histórico, as transformações geradas no mundo não excluíram os debates regionais, suas abordagens metodológicas sofreram influências tanto no conceito de região como no de regionalização. Houve um movimento protagonizado pelos Estados nacionais no sentido de imprimir em seus territórios um processo mais profundo de regionalização e integração dos vários espaços que compunham os territórios nacionais e regionais nas mais variadas escalas. Os vários organismos internacionais neste momento funcionam como impulsionadores de políticas, que tinham como objetivo, elaborar planos de planejamento para os países pobre, considerados do terceiro mundo, com metas para o desenvolvimento econômico das regiões. Neste sentido surgem organismos com o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e no caso da America Latina, mais precisamente, a CEPAL. A CEPAL surge com objetivos claros de diagnosticar os problemas que levam a estagnação dos índices de desenvolvimento da America Latina. A região dentro dos pressupostos da CEPAL e vista como algo completamente pragmático, como um ponto de intervenção. Por intermédio de um processo de planejamento e utilização de instrumentos de desenvolvimento foram determinados os processos de regionalização. Existiu para este processo a necessidade de um apurado estudo de classificação e caracterização das áreas. Onde por meio dos estudos regionais foi possível selecionar atributos e especificidades a serem trabalhadas nas regiões. No Brasil destaca-se Celso Furtado como o principal formulador do CEPAL. A