Resenha: poggi, gianfranco. o “ständestaat”. in: a evolução do estado moderno – uma introdução sociológica.

736 palavras 3 páginas
POGGI, Gianfranco. O “Ständestaat”. In: A Evolução do Estado Moderno – Uma Introdução Sociológica. Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1981, 154 p.
*Lívia Moura Leite

Gianfranco Poggi foi professor titular de Sociologia da Universidade de Edimburgo, e hoje ministra a mesma disciplina na Universidade de Trento (Itália), nasceu em 1934, e em suas áreas de interesse estão a sociologia do Estado e a política. Em seu texto, “A Evolução do Estado Moderno – Uma Introdução Sociológica”, sua intenção é a de preencher uma série de lacunas nos interesses e informações de vários sociólogos no que se refere a uma teoria do Estado. No capítulo a ser analisado por este trabalho, Poggi se estende para explicar um modelo de governo que acreditou se importante no desenvolvimento do Estado Moderno. Antes de mais nada, o Ständestaat (nome de origem alemã que o autor traduz como “comunidade política de estados”) é tipo de governo que se estabeleceu num período entre o Feudalismo e o Absolutismo, e que muitas vezes não é levado em conta por demais estudiosos do tema. Sua origem está relacionada ao surgimento das cidades. Para Poggi, o desenvolvimento urbano é uma passagem típica do feudalismo para o Ständestaat. As cidades tiveram sua ascensão como povoamentos dedicados a atividades produtivas e comerciais e, além disso, como entidades politicamente autônomas. Isso marcou o ingresso de uma nova força num sistema de governo que era até então baseado na relação senhor-vassalo, uma relação de quase pares, que era ao mesmo tempo hierárquico. Nas cidades, ao contrário, “surgiram centros de ação solidária por indivíduos sem ajuda e sem poder”. As cidades adquiram poder e autonomia política, que estavam baseados numa fusão voluntária de vontades e conjugação de recursos de iguais individualmente desprovidos de poder – uma corporação, num sentido que se refere a uma consciência comum de certos interesses. Eram franquias, organizações coletivas, capazes de funcionar como

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