Resenha Morte da Razão - Francis Schaeffer
Bacharel em Teologia – Ministério Pastoral
Teologia Contemporânea
Profa Julio Borges
Hudson Eloy Braga
RESENHA
Schaeffer, Francis. (1993). A Morte da Razão. São José dos Campos: Editora Fiel.
Conhecer e compreender o pensamento de nossa geração. Segundo Schaeffer este passo é crucial para que tenhamos êxito no ato e responsabilidade de transmitir e propagar as bases da fé cristã, de forma eficiente e impactante.
Nesta obra Schaeffer conduz-nos a uma reflexão histórico-filosófica das tendências do pensamento. Tal reflexão é apresentada como sendo uma espécie de pré-requisito à comunicação da verdade ao mundo constantemente mutável.
Primeiramente somos levados a refletir sobre a relação entre a natureza e a graça. Neste contexto a graça é apresentada como sendo o nível superior, sendo qualificada principalmente no nível do transcendente e sua influência sobre o humano. No tocante à natureza, ela é apresentada como sendo o nível inferior, relacionando-se mais com o humano e material.
Várias das correntes do pensamento são analisadas, sendo que o enfoque principal é o de mostrar que as mais aceitas e influentes basearam-se especialmente na supervalorização da natureza em detrimento da graça. Sendo assim, fica nítido que o intelecto humano tornou-se, na visão de alguns, totalmente autônomo e independente. Neste contexto, a graça é corroída pela natureza, que valoriza o humano e desconsidera o divino. Tais concepções têm origem no aristotelismo e do platonismo, que influenciaram os ideais tomistas, renascentistas e humanistas.
Por sua vez, a reforma não foi apenas uma resposta a determinadas doutrinas católicas. Foi também um repúdio e refutação aos ideais platonistas e aristotelicos da renascença e do humanismo. Os reformadores viam ser errados os principais conceitos humanistas, católicos e tomistas, especialmente os relacionados com a queda do homem, que segundo Tomás de Aquino era