Resenha documentário "FLUXO, por Amor à Água"
(FLOW, for Love of Water)
“A água é uma indústria global de quatrocentos bilhões de dólares. A terceira maior depois da eletricidade e do petróleo.”
“Mais de dois milhões de pessoas morrem a cada ano por doenças devido à água.”
A partir dessas duas máximas podemos concluir muitas coisas, sem sequer assistir ao documentário em questão. Algo lucrativo atrai o interesse de muitos mal intencionados. O cidadão que usufrui de água potável e não poupa, não evita poluir e despejar dejetos tóxicos, não faz o uso consciente, com certeza tem grande parcela de culpa no problema de escassez de água, porém esse discurso já está um tanto quanto manjado.
O documentário nos traz uma visão mais específica e talvez o verdadeiro câncer da poluição de água: o fim lucrativo que ela traz para grandes empresas e governo. Quanto mais água contaminada e poluída, mais se faz necessário o tratamento dela, que atualmente é realizado por empresas terceirizadas que cobram altos valores para fornecer água potável às pessoas.
O problema é o mesmo que ocorre com a educação, saúde, etc.: falta de políticas governamentais que busquem a equidade para os cidadãos, para que o direito de usufruir de água potável não seja restrito aos privilegiados que possuem condições de arcar com os custos do serviço fornecido pelas grandes empresas de tratamento de água, mas sim todas as pessoas do mundo inteiro possam ter acesso a uma água limpa e de qualidade.
O documentário propõe que sejam tomadas medidas governamentais para fornecer água de qualidade, e consequentemente vida digna, a todos os cidadãos, sem distinção de classe ou condições financeiras. Que a sociedade possa participar das decisões tomadas pelos órgãos que controlam o abastecimento de água, de modo que faça os grandes empresários assumirem responsabilidades sociais, e o governo entre com políticas sociais a fim de subsidiar o recurso para a população menos favorecida e pobre.
“O documentário lançou a