RESENHA DO LIVRO “A ESCOLA DOS ANNALES”, DE PETER BURKE
Capítulo 1. O Antigo Regime na Historiografia e seus Críticos
Esta obra de Peter Burke nos apresenta a essência da Escola dos Annales. Criada em 1929, revista dos Annales, mesmo que às vezes indiretamente, é responsável por grande parte dessa Nova História. Os Annales possuíam uma prática histórica determinista, indiferente a política e aos eventos. Burke nos indica que é preferível falar em um movimento dos Annales, não numa “escola”, por não ser necessariamente uma escola nos seus “padrões gerais”.
Seus principais membros eram Lucien Febvre, Marc Bloch, Fernand Braudel, Georges Duby, Jacques Le Goff e Emmanuel Le Roy Laudurie. Na época que foi fundado seu objetivo era promover uma nova forma de pensar história, uma forma contínua. Essa concepção da revista dos Annales influenciou leitores e historiadores, não apenas naquela época, mas até os dias atuais.
Os Annales retiraram a narrativa tradicional, para inserirem uma mais reflexiva, retira o “herói” e o político do centro dessa narrativa e no lugar destacam todas as atividades humanas e para tal defende que a narrativa, a história, deve envolver diversas disciplinas para melhor entender e explicar essa nova visão da história, ela deve ser interdisciplinar. Febvre deixa claro que é necessário ao historiador ser interdisciplinar, utilizar da interdisciplinaridade ao pesquisar.
De início o movimento dos Annales era apenas um pequeno grupo radical que ia contra a história tradicional, política e dos eventos. Em certo momento se aproxima mais de ser uma “escola” com conceitos diferentes e novos métodos. Por volta de 168 é fragmentada, com tamanha influência, que perde sua essência.
Nesta obra o autor não deixar algo definitivo sobre os Annales, mas como um estudo intelectual, que ao nos apresentar aspectos específicos desse movimento, Burke nos ajuda a entender melhor sua posição e influência na história da historiografia. Nas palavras do próprio