Resenha do capítulo do livro Geografia: Conceitos e Temas

O capítulo abordado do livro Geografia: Conceitos e Temas, fala acerca do conceito de região e sua discussão, trazendo-nos a ideia de que não se deve limitar a um conceito restritivo, afirmando ser mais propício que se conheça a noção de região de acordo com outros meios que não sejam os da ciência, sem se prender a uma única “verdade” existente para este conceito. O mesmo ressalta os tempos de império, em que região era um termo utilizado para definir áreas que eram subordinadas a um poder centralizado em um local, ou seja, os governadores locais de cada área eram submissos e tinham que pagar impostos a Roma. De acordo com os conceitos históricos de região citados, é possível perceber que o mesmo é um fator fundador nas questões políticas e até mesmo nas questões culturais, percebe-se também sua ligação com as projeções espaciais, com os princípios de autonomia, soberania, etc.
É citado que se tratando da linguagem cotidiana do senso comum, região é um termo usado para definir uma localização ou/e a extensão de determinado fato ou circunstância. São empregadas expressões do tipo: “A região mais baixa...”, “A região mais rica...”, ou seja, o termo é utilizado para denominar uma área dotada de característica que a difere de outras áreas. Nas ciências em geral, o conceito de região está atrelado às nações de domínio, seja de uma espécie, de um afloramento, do clima, fauna, etc. Na geografia, a noção de região é um tanto mais complexa, pois ao tentar dar um conceito científico depara-se com as fortes influências de seu uso na linguagem comum. O autor cita Vidal de La Blache como inspirador da divisão regional por seus escritos baseados em sua leitura dos geólogos. Segundo ele, essa inspiração contribuiu para a ideia de região natural, em que se mantinha a ideia de que o ambiente tem certo domínio sobre o desenvolvimento da sociedade. Contra esse conceito surgiu o possibilismo, que acreditava que as regiões eram resultado do trabalho humano e não como