Resenha da primeira parte do Livro Cuidado, escola!

O livro Cuidado Escola, que tem a apresentação inicial de Paulo Freire, faz uma critica a educação, abrangendo todas as peças dessa engrenagem, pais, professores, escola, alunos. O livro começa com uma caricatura de duas pessoas conversando sobre o sistema educacional, com diálogos que fazem refletir a respeito do assunto, tentando entender e descobrir de quem é a culpa do fracasso escolar, discursando sobre a perspectiva de cada peça da engrenagem envolvida. Após tentar desvendar esse mistério o autor discorre sobre a história da escola, desde a educação através das vivencias das famílias, das tribos e depois das elites e da burguesia. A educação era privilégio apenas de famílias abastadas e com posses os pobres ficariam apenas com a cultura familiar, onde aprendiam coisas do dia a dia, como lidar com a lavoura e o gado. Após esse período cita que passou a existir a escola do rico e do pobre, mas com o advento da era industrial a classe operaria precisa de um mínimo de instrução e educação, assim a própria elite solicita que os operários sejam educados. Após esse período o autor cita que os operários reivindicam melhor educação para seus filhos e maior igualdade entre a educação do rico e do pobre. O que passa a existir após esse período é o aumento da capacitação dos mais abastados. Porém ai também existe o fracasso, pois os filhos dos operários tem maiores dificuldades e a evasão escolar é gritante. O autor também faz uma critica a maneira como as crianças são obrigadas a ficarem imóveis em suas cadeiras, sendo moldados a maneira do sistema escolar, sem utilizarem do conhecimento que a família e a comunidade assegura a elas, sem levar em conta o conteúdo pessoal a realidade da criança e a cultura oral. O que vale é o sistema e ponto, mesmo não correspondendo a realidade e nem trazendo nenhum atrativo e valor prático. Alguns professores até questionam, mas são criticados pelos companheiros de profissão que preferem seguir regras e sistemas, que lhes trazem