Resenha da gramática política brasileira - edson nunes
INSTITUIÇÕES POLÍTICAS BRASILEIRAS
Nunes, Edson de Oliveira, A Gramática Política Do Brasil: Clientelismo e Insulamento Burocrático, prefácio Luiz Carlos Bresser Pereira, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed. Brasília, DF; ENAP, 1997.
Este livro trata-se da tese de doutorado de Edson Nunes, apresentada em1984 na universidade da Califórnia, Berkeley, e publicados apenas 13 anos depois por Jorge Zahar Editor e a Escola Nacional de Administração Pública. Segundo Edson Nunes e sua análise da política brasileira, há quatro gramáticas que estruturam os laços entre sociedade e Estado no país. O Clientelismo, o Corporativismo, O Insulamento burocrático e o Universalismo de procedimentos.
O Clientelismo que é derivado do Patrimonialismo, são baseadas em trocas generalizadas e pessoais, com promessas e expectativas de retornos futuros, por meio de uma relação assimétrica.
O Corporativismo é um sistema de representação de interesses, baseado em um número limitado de categorias compulsórias, não competitivas, hierárquicas e separadas funcionalmente que são reconhecidas, permitidas e subsidiadas pelo estado. (pag.37)
Insulamento Burocrático é uma estratégia das elites para desviarem da arena que os partidos políticos controlavam.
Universalismo de Procedimentos que não é considerado pelo autor como democracia, é uma afirmação lenta de um regime burocrático racional-legal, e teve sua instauração no Brasil no período de 1930-1960, por meio de tentativas de reformas no serviço público e implantação de um sistema de mérito.
Dependendo do momento histórico é que ocorre a combinação das quatro gramáticas. Na Era Vargas, foram utilizados os quatro padrões institucionalizados de relações, o corporativismo organizou as relações do Estado com a sociedade, sendo que também fez uso do clientelismo, por meio do qual manteve as velhas oligarquias sob controle e, no seu