Resenha: da fala para escrita
Luiz Antônio Marcuschi, pesquisador e professor titular da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE. graduação em Philosophisches Seminar Departamento de Filosofia pela PUC-RS, doutorado em Letras pela Universidade de Erlanger Nunrberg (Friedrich-Alexander) em 1976 e pós doutorado pela Universitat (Albert-Ludwgs) em 1988.
O ser humano diferencia-se dos outros animais tornando-se animal racional por ser hábil na comunicação oral e utilizando dos signos linguísticos para a fomentação da linguagem. A função desta linguagem é servir como instrumento de comunicação, mas seu uso não se restringe só a isto - ela também permite a compreensão da sociedade, da cultura e auxilia na relação dos indivíduos fazendo do meio social uma teia de inter-relação entre seus comunicadores. A escrita por sua vez, faz parte do processo geral da aquisição da linguagem. Desde criança o indivíduo tem o contato com a escrita e vê neste meio mais uma forma de se comunicar, cito o exemplo da curiosidade de leitura dos 0utdoors quando se está sendo alfabetizado. O trabalho simultâneo entre a fala e a escrita faz com que a criança reflita sobre a língua oral enquanto está escrevendo e não distancie as duas modalidades e muito menos operacione esta linguagem dando a importância a uma e menosprezando a outra.
Luiz Antônio Marcuschi em seu livro “DA FALA PARA ESCRITA: atividades de retextualização” passeia em algumas áreas da linguagem onde há dúvidas e inquietações no caminho efetivo deste meio de comunicação. Conceituar oralidade e letramento é uma tarefa árdua, porém há necessidade para que haja o entendimento preciso. A visão dicotômica entra fala e escrita é inexistente quando se entende que, apesar das diferenças, as duas se completam e interagem tornando um texto (escrito ou falado) coeso e coerente. Seguido os estudos, o autor adentra na