Resenha Crítica do livro ROTA 66, Caco Barcellos.
O livro é considerado uma obra do New Journalism, porque se envolve de uma maneira muito pessoal com o assunto retratado além da ênfase dada aos detalhes, que fica bastante explicita, acontecendo o mesmo no livro: À sangue frio de Capote.
O foco principal é a força tática da Polícia Militar do estado de São Paulo, denominada ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e sua atuação criminalmente duvidosa em relação à moradores de bairros pobres e menos favorecidos. A tal força tática, segundo as suspeitas de Barcellos, assassina estas pessoas, arma todo um cenário onde a ação se vire a seu favor (dizem que atiraram em legitima defesa), alterando a cena do crime, e tudo fica por isto mesmo.
A Rota fica sob os holofotes quando, acidentalmente, mata filhos de gente importante: O famoso caso dos jovens no fusca azul. Neste caso as investigações realmente ocorrem e fica claro o ocorrido, apesar de nada ter sido feito. Caco decide então começar a pesquisar outros casos parecidos e se depara com uma gigantesca e assustadora quantidade de casos identificados como responsabilidade da Rota.
Ele utilizou jornais de alguns anos antes, informações contidas no Boletim de Ocorrência, entrevistas feitas com pessoas cujos casos levantaram suspeita a ele, no pátio do IML, documentos do mesmo órgão e fichas criminais e informações contidas nos cartórios da Justiça Militar. Ele comparou todas estas informações e traçou um perfil das pessoas que eram mortas por policiais da Rota e também fez uma lista dos 10 maiores matadores.
Porém, Caco tentou ao máximo ser parcial nesta análise, escutou também policiais e concluiu que apesar de existirem homens na Policia Militar de São Paulo que matam durante as operações, a grande maioria se