Resenha Bastardos Inglórios

Tarantino acerta novamente
Bastardos Inglórios é um filme de 2009, dirigido pelo estadunidense Quentin Tarantino, que recebeu diversas premiações, incluindo um Oscar (Melhor ator coadjuvante para Christoph Waltz).
Tarantino ficou conhecido a partir da década de 90 por conta de seus filmes contendo muita violência, com muitas referências externas e com roteiros não lineares, com “Bastardos” não é diferente. Dividido em cinco capítulos que contam a história de dois planos para assassinar os líderes políticos da Alemanha nazista, o filme foi um sucesso arrecadando 320.351.773 dólares nas bilheterias.
O roteiro começou a ser escrito em 1998, porém Tarantino adiou as filmagens por não ter conseguido finalizá-lo, preferindo assim dirigir o filme Kill Bill. Em 2007, após dirigir Death Proof, o diretor voltou a trabalhar em Bastardos Inglórios. As filmagens começaram em 2008, na Alemanha, com um orçamento inicial de 70 milhões de dólares.
Construindo uma paródia aos atentados contra Hitler que ocorreram na Segunda Guerra Mundial, Tarantino mostra diversas faces do problema: uma judia que quer vingança por ter perdido sua família toda em um ataque nazista, um grupo de mercenários americanos - aqui surge uma possível referência aos planos dos Aliados (Reino Unido, EUA e URSS) que foram criados na época, mas nunca foram executados - que, apesar de parecer estarem lutando por uma boa causa, agem com tanta violência que acabam se aproximando em nível de crueldade dos nazistas. Nenhum personagem é apresentado como um “herói”, o diretor faz questão de mostrar que todos têm seu lado bom e seu lado ruim. O diretor distorce fatos históricos que culminam em um final que muitas pessoas certamente desejavam que fosse real.
Mesmo esse assunto sendo o carro-chefe do longa, na verdade o diretor procura mostrar como a história do cinema foi afetada pelo nazismo, quando grande parte dos filmes feitos por judeus eram rejeitados e filmes produzidos por nazistas glorificados. Tarantino