Reipapudoteatro

2523 palavras 11 páginas
NARRADORA:
Quem aqui gosta de histórias? Pois enxuguem bem seus narizes, chupem as balas sem fazer barulho, que nossa história vai começar (Rugar de tambores.) Era uma vez um reino muito, muito pequeno e animado chamado Brincolância. O povo era feliz e vivia festejando o tempo todo, na maior farra, principalmente na corte do Rei Papudo, onde era inventada a maioria das brincadeiras.
(A cortina abre-se.)

Cena I
(Sala do palácio. O elenco brinca no palco de pular carniça*, roda etc. Depois se recompõe, e diante da platéia, canta uma cantiga de roca [como a música da barata]; há todo tipo de personagens engraçados com martelos de brinquedo e outros apetrechos. Palhaços inflaveis e grandes cata-ventos de papel, além de alvo para dardos, bolas, bambolês, que compõem a cena.)
NARRADORA (Com um gesto dispersa os personagens e impacientemente fecha as cortinas)
Agora não, agora não. Parem, parem (volta-se a platéia). Pois é, o povo de Brincolândia vivia na maior farra. Principalmente na corte do Rei Papudo, onde era inventada a maioria das brincadeiras. Um dia, surgiu o Emissário do reino vizinho, um lugar também muito pequenininho, mas sem graça porque as pessoas viviam atarefadas, estudando, trabalhando e inventando coisas. Esse reino era chamado de Trabalholância.
(Passa pela narradora um personagem com uma enorme calculadora, fazendo contas e falando sozinho.)
PERSONAGEM
Duas vezes trezentos e sessenta e nove, mais trezentos e vinte e cinco, mais mil quatrocentos e oitenta, mais trezentos e dois, mais...
NARRADORA (bastante surpresa e indignada por ter sido interrompida)
Ei! Esse abobalhado deve morar lá em Trabalholândia. Bom, vamos voltar à história (reabrindo o livro. O povo de Brincolândia vivia na farra. Um dia, eles receberam um visitante que veio do reino de Trabalholândia.
(Surge no palco um personagem com uma trombeta e, depois de soá-la, anuncia a visita ao Rei Papudo.)
TROMBETEIRO
Visita para o Rei Papuuuuuuuuuuudo!
NARRADORA
O Emissário do

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