Recensao critica

Recensão Crítica Na presente recensão debruçar-me-ei sobre a obra “Sobre humanos e outros animais” de John Gray. Sendo o autor um filósofo ateísta, de nacionalidade britânica, e professor na London School of Economics que completa em Dezembro do ano corrente 61 anos, publicou esta obra em 2007 fazendo parte da colecção “Neurónios”. Estruturalmente a obra está extremamente organizada. Divide-se em 6 capítulos principais: O humano; O engano; Os vícios da moral; Os que não se salvam; O não-progresso e, por último: Tal como é – consequentemente estes capítulos dividem-se em inúmeros subtemas adequadamente expostos e clarificados. É também de salientar que apesar de ser uma obra de cariz filosófico a linguagem utilizada é muito acessível, sem qualquer dificuldade de percepção dos termos usados. Em termos de conteúdo, Gray levanta imensas problemáticas referentes à actualidade remontando à história, a algumas filosofias, e fazendo inúmeras citações (de poetas, filósofos, escritores, pensadores como Darwin, Pessoa, ou Kant por exemplo) para comprovar as suas opiniões. Partindo para exemplos práticos para concretizar a ideia: John Gray questiona até que ponto é que o Homo Sapiens se distingue do animal dado que os nossos instintos base são os mesmos, e defendendo que esta visão, de que somos superiores, foi alimentada pelos humanistas que consideram que por sermos possuidores duma consciência e, supostamente, termos um propósito de vida merecemos distinção do animal, como resposta, o autor levanta a seguinte questão “Será que não podemos pensar o propósito da vida como sendo simplesmente ver?”. Gray sabe que há coisas que nos distinguem dos animais “os animais não escrevem livros de filosofia” diz-nos ele, mas considera que todas as razões juntas não implicam um corte como os outros animais. Aliás, Gray até nos classifica como “Homo Rapiens” implicando que somos apenas só mais uma espécie, que não valerá a pena preservar; no seu quinto capítulo, “O não-progresso”, o