Ra a e Etnicidade

Raça e Etnicidade.

Ao analisar o texto de Brym quando se refere a um “grupo minoritário” (p.222), ele acrescenta que são apresentados como “um grupo de pessoas socialmente em desvantagem”. Por vezes há até mesmo maioria numérica, mas isso não se reflete em vantagens sociais significativas. É o caso das mulheres e dos autodeclarados negros e pardos no Brasil. Embora o número de mulheres seja maior em todo o mundo, esta categoria ainda tem sérias desvantagens sociais. Dados oficiais publicados no jornal online “O Tempo – Cidades”, da cidade mineira de Belo Horizonte, mostram que elas continuam em desvantagem no mercado de trabalho e ganhando menos que os homens. A pesquisa foi publicada no Boletim PAD-MG 2011 abordando as questões de mercado de trabalho e gênero, enfatizando as diferenças entre homens e mulheres no âmbito das atividades produtivas. No sítio Scielo, encontramos uma entrevista com Carlos Hasenbalg mencionando as discriminações e desigualdades raciais no Brasil. O autor mostra que, tanto os negros quanto os pardos concentram-se na maioria nas regiões menos desenvolvidas do Brasil, como Norte e Nordeste, carecendo de acesso à educação e treinamento adequado para o mercado de trabalho. O antropólogo Darcy Ribeiro, em seu documentário “O povo brasileiro” explica o que compreende por etnia. A etnia é um sentimento interno de pertencimento a um grupo na qual o indivíduo se identifica através de seus valores e suas práticas culturais com os demais. Em relação aos contextos sociais, podemos dizer que são elementos de transformações, nos quais as relações de uma pessoa com membros de outros grupos raciais ou étnicos modelam e modificam a identidade racial e étnica, conforme os hábitos e costumes locais. O texto de Robert Brym também revela curiosidades na relação entre etnia e nacionalidade. Ele usa como exemplo o caso das repúblicas socialistas soviéticas, em especial o caso da Chechênia, onde se mesclam pertencimentos