Psicopatologia
E
V
I
S
T
A
LATINOAMERICANA
DE
PSICOPATOLOGIA
F U N D A M E N T A L
Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., II, 3, 124-145
Notas sobre psicopatologia
Carol Sonenreich
Giordano Estevão
Luis de Morais Altenfelder Silva Filho
124
O termo Psicopatologia é usado em vários sentidos: equivalente da psiquiatria, da parte da psiquiatria que trata dos distúrbios leves em oposição aos graves, da sintomatologia em oposição à nosologia, teorias do psiquismo e dinâmica emocional.
Os assuntos incluídos sob este título são tratados por outros autores como Psiquiatria Geral, Psicologia Médica, Psiquiatria
Clínica. Autores dos mais notáveis não definem propriamente o termo, mas indicam quais devem ser os objetivos, os métodos de trabalho que atribuem à Psicopatologia. Escolhemos usar o termo para designar o estudos das teorias sobre o desenvolvimento, funcionamento e alterações das atividades mentais, a interpretação dos sintomas e sinais em função de fatores biológicos e psicológicos, o significado dos distúrbios de relacionamento e conduta, as bases principais dos sintomas de classificação nosológica. Pesquisas e reflexões precisam ser realizadas para atualizar a Psicopatologia. Neste sentido, como exemplo, apresentamos certas propostas para conceituar e trabalhar com os delirantes.
Palavras-chave: Psicopatologia, psiquiatria, nosologia, sintoma.
ARTIGOS
Encaramos a psicopatologia como parte do conhecimento sobre as alterações mentais. Como todo saber, é produto do trabalho dos pesquisadores, dos cientistas que, neste caso, se dedicam ao estudo e tratamento das doenças mentais.
O termo é usado em vários sentidos, o que podemos constatar das definições que lhe são dadas, e ainda mais da observação dos temas, do campo de estudo abordado pelos diferentes autores. Pretendemos aqui trazer considerações a respeito da psicopatologia observando os textos que os autores lhe dedicam.
Andreasen (1997) é categórica: o