processos grupais

A ética do melhoramento. Alguns anos atrás, um casal de lésbica, decidiu ter um filho, de preferência surdo. As duas parceiras eram surdas, e com orgulho. Na esperança de conceber um filho surdo, elas procuraram um doador de esperma cuja família tivesse um histórico de cinco gerações de surdez. E conseguiram. Seu filho nasceu surdo. Será errado ter um filho de propósito? Se sim, o que isso torna errado – a surdez ou o propósito? Suponhamos, a título de argumentação, que a surdez não seja uma deficiência, e sim um traço distinto de identidade. Ainda sim, haveria algo de errado na ideia de os pais escolherem o tipo de filho que desejam ter? Ou será que isso é o que os pais fazem o tempo inteiro, ao escolherem seu parceiro e, nos dias de hoje, ao se valerem das modernas técnicas de reprodução humana. Enquanto ponderamos sobre a questão, deixamos as crianças de lado por um momento para pensar nos animais de estimação. Em 2001, uma empresa foi bem sucedida na criação do primeiro gato clonado. Julie ( A dona do gato) enviou a empresa uma amostra genética do seu gato (Nicky) e a taxa solicitada de US$ 50 mil. Alguns meses depois, para sua grande alegria, ela recebeu Little Nicky, um gato geneticamente idêntico. “ele é idêntico”, declarou Julie. “Ainda não fui capaz de notar a diferença” Muitas pessoas consideram que existe algo esquisito na clonagem de cães e gatos. Alguns reclamam que, com milhares de vira-latas precisando de lares, é inescrupuloso gastar uma pequena fortuna para criar um animal de estimação personalizado. Outros se preocupam com o número de animais perdidos durante as tentativas de criar um clone bem-sucedido.

ARTICULAÇÃO DO NOSSO MAL-ESTAR.

As descobertas da genética nos apresentam a um só tempo uma promessa e um dilema. A promessa é que em breve seremos capazes de tratar e prevenir uma série de doenças debilitantes. O dilema é que nosso recém-descoberto conhecimento genético também pode