Problemas na gestão do cuidado
Com forme o a discussão dos colegas no fórum e o texto da apostila, o cuidado em um conceito amplo que inicia na escuta qualificada, é saber ouvir e não somente escutar. É perceber o que aflige o outro e tecer estratégias em busca de soluções, é enxergar muito além do que o outro apresenta de imediato. O SUS em sua concepção preocupa-se com o cuidado, ao assumir a universalidade e a integralidade. Para tanto concebeu-se a descentralização, hierarquização e a regionalização como política de estruturação do cuidado. Este conceito está bem definido em nossa apostila: "pensar em integralidade do cuidado pode significar incorporar à produção de cuidados em saúde as diferentes necessidades dos usuários e o contexto em que essas necessidades de saúde são produzidas”. As unidades de saúde da atenção básica são a porta de entrada do usuário ao Sistema, ela deve estar preparada para acolher, ouvir e traçar os cuidados para cada indivíduo. O atendimento deve ser feito por toda equipe e devem ser esgotadas todas as possibilidades que a UBS oferece na atenção Primaria.
Esse cuidado deve ser compartilhado, o individuo deve ser introduzido na rede de atenção sempre que necessário. No caso de Ana esse cuidado estava fragmentado e engessado por causa da burocracia gerada dentro da rede. Não haviam protocolos de acesso instituídos, o que dificultou o atendimento e o cuidado necessário para o diagnostico precoce. Ana também não foi ouvida em nenhum momento, não foi lhe dado a oportunidade de expressar suas dificuldades para realização do tratamento, ela não foi respeitada no seu direito a saúde, os próprios princípios do SUS não foram seguidos.
A nossa realidade não se diferencia muito da situação vivida por Ana. Nossa rede de atenção não possibilita o