Possivel defesa do caso dos exploradores de caverna
Tendo oEstado o poder de punição, de violência contra quem contraria suas regras, aquele pessoas que as respeita resta à proteção estatal contra os violadores - contra os que têm condutas irracionais, quesomente prezam a sua própria liberdade e menosprezam a dos outros.
No entanto, no caso dos exploradores, por mais que estivessem dentro do território estatal, consequentemente sob seu poder,estavam fora do alcance da sociedade; estavam presos não somente em uma caverna, mas dentro de uma situação de medo e necessidade. Seu único contato social era o rádio, mas o Estado ao invés de aproveitaro instrumento como um meio eficiente de comunicação, fez dele um instrumento de silêncio, pois das perguntas e pedidos feitos poucas foram respondidas e quase nenhum, atendidas.
Em estado deextrema necessidade, no qual se viam às portas da morte, do desconhecido; no momento em que sentiam o cansaço e a dor da falência lenta de seus corpos, como podiam ser racionais? Como podiam pensarque o ato que cometiam seria visto como uma atrocidade diante da sociedade? Será que para eles a atrocidade não seria morrerem todos agonizando?
Quando os membros da expedição de salvamento nãolhes responderam sobre o que achavam do fato de um de seus companheiros ser sacrificado para a subsistência dos demais e sobre os métodos empregados para decidir quem iria para o sacrifício,