Positivismo x marxismo
No século XIX, vários pensadores tinham grande preocupação em dar respostas aos vários problemas sociais que se desenvolviam no seio da sociedade capitalista. Os socialistas utópicos foram os primeiros a proporem e teorizarem meios que pudessem resolver a expressa diferença percebida entre os membros do proletariado e da classe burguesa.
Por meio do chamado materialismo histórico, compreenderam que as sociedades humanas viabilizam suas relações a partir da forma pela qual os bens de produção são distribuídos entre os seus integrantes. Dessa forma, as condições socioeconômicas (infraestrutura) acabavam determinando como a cultura, o regime político, a moral e os costumes (superestrutura) se configurariam.
O presente artigo objetiva discutir duas vertentes clássicas do conhecimento exaustivamente debatidas e estudadas no âmbito acadêmico. As vertentes do Positivismo e do Marxismo foram desenvolvidas em seus respectivos contextos por teóricos que visavam compreender e explicar o mundo ocidental em desenvolvimento à base de um racionalismo lógico herdado do mundo moderno.
É válido ressaltar, em linhas gerais, que essas duas vertentes clássicas do conhecimento estão vinculadas às origens de um tradicional dualismo idealismo-materialismo. Especificamente o positivismo é pertinente ao idealismo e o marxismo está vinculado ao materialismo. Através de uma ou outra dessas vertentes o sujeito pesquisador observa um objeto captando-lhe a realidade aparente. Ao intensificar seu trabalho de investigação sobre esse objeto e, dependendo da concepção dispensada, o sujeito definirá, ao final, a maneira de olhar e de interpretar seu objeto de pesquisa.
Aborda-se neste trabalho os fundamentos originários, a expansão e as influências de cada uma das vertentes em discussão sobre o mundo ocidental moderno e contemporâneo. Procura-se fazer contrapontos entre essas duas vertentes levando-se em consideração os contextos nos quais o positivismo e o marxismo estão