Poetas portugueses

2158 palavras 9 páginas
O pequeno mundo de O’Neill
Alexandre Manuel Vahia de Castro O’Neill de Bulhões nasceu em Lisboa, a 19 de Dezembro de 1924. O gosto e o contacto com os livros começou cedo e em casa, de tal forma que aos dezassete anos publicou os primeiros versos num jornal de Amarante, terra natal da mãe, onde passava as férias.

Viveu sempre da escrita ou de trabalhos a ela associados, apesar de nunca ter sido um escritor profissional. Trabalhou como escriturário; copy de publicidade, tendo criado vários slogans, alguns dos quais ainda hoje conhecidos (”Há mar e mar, há ir e voltar”); cronista de jornal, primeiro de forma mais esporádica, depois com colunas fixas em jornais como o Diário de Lisboa, A Capital e o JL (década de 80); encarregado de uma
Biblioteca Itinerante da Fundação Calouste Gulbenkian; tradutor.
O início da poesia
A par dessas atividades ia escrevendo e publicando os seus poemas. Numa primeira fase, O’Neill esteve muito ligado ao surrealismo, tendo inclusivamente integrado o Grupo Surrealista de Lisboa com outros poetas e artistas como Mário Cesariny, José Augusto França, António Pedro, entre outros, e participado na Exposição desse mesmo grupo em 1949. Nesse ano saiu a sua primeira obra - A Ampola Miraculosa. Seguiram-se Tempo de Fantasmas (1951), já marcado por um afastamento do Grupo surrealista, No Reino da Dinamarca (1958), obra que o consagrou definitivamente como poeta, Abandono Vigiado (1960), Poemas com Endereço (1962).

O terminar de O’Neill
Na poesia de Alexandre O’Neill tudo é reconstruído. A linguagem do dia-a-dia, o calão, o kitsh são aproveitados, reutilizados numa perspetiva de “fazer bom e expressivo” (Poemas com Endereço) tal é a consciência que o poeta revela sobre o desgaste da linguagem. Há sempre lugar para o jogo, para a desconstrução, quer a nível de conteúdo, quer a nível da forma (tratamento gráfico), o que se pode entender por um lado pela ligação ao surrealismo e, por outro, pelo próprio carácter e espírito de

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