Poesia
É um tipo de poesia em que se associam os versos a uma imagem, combinando palavras e sugestão visual. Foi definida pelos teóricos como “produto literário que se utiliza de recursos (tipo) gráficos e/ou puramente visuais, de tendência caligramática, ideogramática, geométrica ou abstrata, cujo centramento gráfico-visual não exclui outras possibilidades literárias (verbais, sonoras etc.)”, ou seja, para que tenhamos um poema visual, basta que exista uma informação organizada artisticamente através de elementos gráficos ou visuais.
Esse tipo de poesia tem um conceito poético mais abstrato do que prático o que pode ser uma qualidade de qualquer obra de arte. E um conceito de texto ampliado para qualquer arranjo de signos com sentido simbólico, podendo, por exemplo, um diagrama ser considerado um poema. O recurso da poesia visual ocorreu em várias épocas. Na geração romântica, o poeta Fagundes Varela criou versos em homenagem ao cristianismo simbolizando a forma da cruz:
Um primeiro exemplo de poesia visual que podemos citar na história é “O ovo” do grego Simmias de Rodes (300 a.c), sendo precursor do tipo de poema chamado caligrama (termo grego que significa “beleza escrita”).
O Ovo – Simmias de Rodes
Os criadores de caligramas pretendem gerar poemas com dupla possibilidade de leitura, podendo ser associado, ou não, à sugestão visual.
Como nas obras do poeta francês Guillaume Appolinaire em sua publicação “Caligramas: poemas de paz e de Guerra”:
“A pomba apunhalada e o jato d’água” é uma homenagem a amigos do poeta.
Outros exemplos de poesia visual:
Um caligrama Árabe na forma de um pavão.
Arranjo de figuras de insetos (invertebrados), formando um símbolo nacional da Espanha. Poesia Concreta
É um tipo de poesia vanguardista, que surgiu a partir da exploração de técnicas visuais. Procura estruturar o texto poético escrito a partir da área onde será empregado (por exemplo, a página de um livro, um