Poesia em homenagem ao proletariado: "onde nos aprisionamos"

257 palavras 2 páginas
Nos aprisionamos em nossa própria consciência
Deixamos que, a maioria sociável, diga como devemos caminhar
Sufocamo-nos com o sacrifício diário em ofícios bastardos
Fadados à maneira de manipular do lucro necessário
Somos assassinos...
Suicidas...
Matamos nossa própria vontade
Cortamos as asas brancas de nossos sonhos
Rendendo-se as vaidades das necessidades primárias
Sufocamos o nosso ego, nossos desejos
Matamos a nossa inocência
Sufocamos a flor que brota da pureza
O sal da terra...
Tudo é igual
Como aquilo que despejaram nas latrinas da antiguidade
Ainda hoje em sanitários privados luxuosos

Nos aprisionamos em nossa própria miséria
Na miséria humana da necessidade de posses
De bens..
Da luxuria...
De humanos
Somos assassinos
E mesmo que eu me engane um milhão de vezes
Estarei de mãos atadas
Fazendo os mesmos movimentos
As mesmas perguntas
Dando o mesmo sorriso amarelo
Na mesmice
Assim como suínos em direção ao matadouro

Como o grão que se perde no caminho
Não sabemos se produzimos
Se as pedras sufocarão nossas raízes
Se os espinhos nos sufocarão...
Onde um único recolhe cada gota de nosso suor
Que escorre e cai no bolso de quem pouco faz

Somos assassinos
Matamos à passos lentos
Como na ampulheta do tempo que escorre por nossos dedos
Matamos os sonhos que crescem
Os talentos que nos foram dados
Nos contentamos com o pouco
Deixamos de ser
Nos aprisionamos em nos mesmos
Ou em quatro paredes atrás de uma tela
Aonde o tempo de nossas vidas são sugados por maquinas
Nos aprisionamos no proletariado
Deixando de ser aquilo que

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