Play time: uma visão moderna do moderno por jacques tati
A primeira parte do filme inicia com a chegada de turistas no aeroporto de Paris. Estas pessoas fazem parte de um grupo que viaja conhecendo uma cidade por dia e que observam, com a chegada em Paris, a surpreendente semelhança entre o aeroporto parisiense e o da cidade anterior que estes visitaram. Além disso, são mostradas cenas da Paris criada por Jacques Tati que evidenciam para esses turistas a semelhança de paisagens entre as cidades. Isso é mostrado no filme através de cartazes que vendem a imagem de outros destinos que são ironicamente idênticos a Paris: cidades repletas de edifícios verticais, envidraçados, em cores metálicas e neutras.
Na seqüência, são mostradas cenas do Sr Hulot em um edifício comercial marcado por suas linhas retas e suas fachadas em vidro, assim como todas as divisórias internas do prédio – com exceção para as que formavam cabines de trabalho. São trechos que mostram um Sr Hulot perdido em meio à extrema similaridade entre os pavimentos e as tecnologias com as quais este se depara. E é para visitar uma exposição comercial neste edifício que são levados os turistas, com os quais o Sr Hulot passa a interagir durante o restante do filme.
Durante a exposição são mostrados conflitos entre o confuso Sr Hulot e as tecnologias apresentadas: são vassouras com faróis, portas que batem sem produzir som, lixeiras em forma de colunas gregas, entre tantos outros elementos mostrados por Tati de forma irônica e crítica,