Plano de Marketing Sócio Torcedor

25/07/2013 às 00h00
Jogo vencedor
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Por Eduardo Belo | Para o Valor, de São Paulo
Um fundo de investimento gerido por profissionais sob rigorosos princípios de governança, com planejamento de 20 anos, metas a cumprir, auditoria externa e acompanhamento rigoroso. Esse foi o modelo escolhido para promover o crescimento no país de uma modalidade quase desconhecida dos brasileiros: o rúgbi. Rara exceção no mundo esportivo brasileiro, o rúgbi decidiu se transformar em negócio e recomeçar a vida no país.
Com quase meio século de existência, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) deu uma guinada. Em 2010 elegeu uma nova diretoria disposta a colocar o Brasil no mapa mundial desse esporte. Os novos gestores - profissionais do mercado financeiro, economistas e profissionais liberais - desenharam um plano de negócios em que o dinheiro que entra é repassado aos atletas - na forma de bolsa-salário, serviço médico, instalações, formação de seleções. A gestão esportiva foi entregue a profissionais da Nova Zelândia, país com o melhor desempenho na modalidade.

O curto prazo ainda não permitiu resultados, diz Sami Arap, presidente da CBRu. Eles devem vir no longo prazo. Mas já foi possível reverter o déficit das contas da entidade e sair de um saldo devedor em 2009 para um faturamento de R$ 13 milhões estimado para 2013, entre repasses do governo federal, dinheiro da lei do incentivo ao esporte e quotas de patrocínio. O plano de exposição de marcas do rúgbi tem conseguido atrair patrocinadores como Bradesco, a marca de artigos esportivos Topper, a cerveja Heineken e a fabricante chinesa de automóveis Jac Motors.
O rúgbi é apenas uma faceta da efervescência atual nos negócios relacionados ao esporte no Brasil. Um negócio que alcança estimados 2% do PIB, segundo o livro "A Indústria do Esporte no Brasil, Economia, PIB, Emprego e Evolução Dinâmica", de Ary Graça e Istvan Kasznar (editora M.Books), que movimenta algo como R$ 80 bilhões por ano e que